De Tiago Morf Barreto, em 10 de fevereiro/2014.
Hoje Luiz Antônio Barreto completaria 70 anos.
A dor da perda
Nossos Pais descobrem que um ser está para nascer e trazer
as suas vidas um brilho de luz.
A cada sorriso, palavra, olhar ou suspiro, uma cachoeira de
lágrimas parece inundar seus olhos de alegria e paz.
Tornamos-nos adolescentes e a busca pela independência é
cada vez mais clara. A nossa vontade de conquistar espaço nos distância de quem
sempre nos amará, esquecemos a família. Esquecemos de dizer o quanto os amamos.
Mas um dia nossos entes queridos se vão. Quando menos
esperamos e sem nenhum aviso, Deus tira de nós o que mais amamos.
Em nosso peito apenas a dor de um punhal que a cada
"meus pêsames" parece pesar.
Nossos pensamentos divulgam para cada gota de sangue em
nosso corpo a culpa de nunca ter dito: "te amo"; "preciso de
você", "estou sempre aqui", "me preocupo", e como se
não bastasse vem à frase mais forte "a culpa foi minha".
Nossos sonhos caem por terra, nossa independência parece
perder a importância.
E a resposta para essa dor? O tempo e uma certeza:
Quando amamos transmitimos em pequenos atos e gestos, e as
palavras não importam mais; quando precisamos de alguém, sentimos sua presença,
e as palavras não têm mais sentido; quando nos sentimos sós e abandonados,
surge uma palavra ou um gesto e descobrimos que nunca estaremos sós.
E a culpa? A culpa é da vida que tem inicio, meio e fim. A
nossa culpa está apenas em amar tanto e sentir tanto perder alguém.
Mas o tempo é remédio e nele conquistamos o consolo, com ele
pensamos nos bons momentos. E com um pouco mais de tempo, transformamos nossos
entes queridos em eternos companheiros.
Nossos sonhos ganham aliados, nossa independência ganha
acompanhantes, nossa vida conquista anjos. E no fim apenas a saudade e uma
certeza:
Não importa onde estejam, estarão sempre conosco.
Hoje meu pai estaria completando 70 anos. Que saudade!!!!!
Foto e texto reproduzidos do Facebook/Linha do Tempo/Tiago Morf Barreto.
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