Gizelda Santana de Morais nasceu no município de Campo do
Brito em Sergipe no ano de 1939, sendo filha de Antônio Dórea Morais e Maria
Pureza Morais. Aprendeu a ler na cidade de Tobias Barreto através de
literaturas de cordel que ela sempre comprava numa feira em que havia um senhor
que tinha uma banca que vendia os livretos. A partir daí, ela passou a ler
Romances e poesias, tornando para ela um hábito a partir dos 8 e 9 anos. Seus
primeiros poemas foram escritos, primeiramente, quando ela tinha 12 anos.
Estudou o Ensino Fundamental e Médio no Estado em que nasceu, fez o ginásio no
Colégio Nossa Senhora de Lourdes, e lá a chamavam para fazer poesias. Porém,
ela afirma que poesia por encomenda não é muito bom, mas só é bom quando temos
vontade para fazer. Ao estudar no Colégio Estadual Tobias Barreto, ela mantinha
algumas colunas em jornais como A Gazeta de Sergipe, Correio. E nessa época,
estudando ainda no Colégio Estadual Tobias Barreto é quando o Movimento
Cultural de Sergipe publicou o seu primeiro livro de poesias. Depois cursou
Filosofia em Belo Horizonte, e, posteriormente, se foi morar em Salvador,
concluindo o Curso de Filosofia e também Psicologia. Mestrado em Psicologia na
USP. Mais a frente cursou o Doutorado e Pós-Doutorado na França. É membro da
Academia Sergipana de Letras.
Trabalhou como professora na Universidade Federal de Sergipe,
Bahia, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, além de ter sido participante de
movimentos culturais, sendo secretária regional e conselheira em órgãos
nacionais como CFE, CNPq, CAPES, INEP e SBPC, além de ter lecionado na
Universidade de Nice, na França.
Seu primeiro livro com poesias, Rosa do Tempo, fora
publicado quando a autora tinha apenas 18 anos de idade, sendo publicado pelo
Movimento Cultural de Sergipe (MCS). Sendo uma das criadoras do Clube Sergipano
de Poesia.
No ano de 1959, ao ter participado do Concurso Universitário
de Poesia em Belo Horizonte, teve a colocação de primeiro lugar.
Quando a sua dedicação aos Romances, isso só ocorreu de
forma mais intensa quando ela se aposentara.
Quanto aos seus Romances, Ibiradiô: As várias faces da moeda,
e Preparem os Agogôs, a autora afirma que ambos os livros tratam da história de
Sergipe. O primeiro do extermínio dos índios; o segundo das relações entre
escravos e senhores de engenho. E estes livros para a autora são considerados
históricos e uma dívida que ela tinha com essas temáticas.
O intuito dela ter escrito o Romance Preparem os Agogôs
seria para que a sociedade sergipana tomasse consciência da miscigenação, bem
como a contribuição dos índios e dos negros com relação à cultura brasileira...
Foto e texto reproduzidos do blog:
literaturasergipana.blogspot.com.br
Postagem originária da página do Facebook/Minha Terra é SERGIPE, de 7 de fevereiro de 2014.
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