Publicado originalmente no Facebook/Antonio Samarone, em
19/09/2016.
A centenária Academia Sergipana de Letras acolheu hoje um
escritor, um contador de estórias, um tabaréu que conhece as suas raízes e que
ama a sua aldeia. Tonho Saracura, traz o sangue dos ferreiros de Itabaiana,
descende de gente rude, que forjavam a vida amolecendo o ferro para transformar
em foices e enxadas para os camponeses. Para estudar e sair da roça, precisou
entrar num seminário, mesmo sem vocação.
Saracura, representará nesse sodalício o ferreiro João José,
que no começo do século XIX migrou de Portugal para Matapoã; o ferreiro
Bernadino, morto num acidente ferroviário em 1926, quando retornava de Maruim
com os burros carregados de ferro bruto; o ferreiro Totonho, nosso avô, um
sonhador para os padrões das Flechas; representará outros tantos ferreiros,
pataqueiros, camponeses, tropeiros, gente de pouca leitura.
Saracura torna-se imortal por talento e esforço pessoal, sem
pertencer as famílias dos donatários e sesmeiros. Todos nós, os ferreiros de
Itabaiana, sentimos contemplados com a sua vitória, justa e merecida. A Terra
Vermelha, Matapoã, Flechas e Sambaíba estão em festa.
Texto e imagem reproduzidos do Facebook/Antonio Samarone.
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