Adauto Machado, em Artista do Mês (Fevereiro/2014)
Por Mário Britto.
Pintor, escritor, desenhista publicitário e professor de
artes, Adauto Machado nasceu no dia 18 de junho de 1950, em Nossa Senhora das
Dores/SE. Aos quatorze anos, mudou-se para Aracaju e começou a frequentar
grupos artísticos da cidade. Entre 1965 e 1969, trabalhou com desenho
publicitário. Em 1969, transferiu-se para Salvador, onde teve a oportunidade de
conhecer importantes artistas nacionais e passou a dedicar-se inteiramente à
pintura. Em busca do aperfeiçoamento técnico, cerca de um ano depois,
permaneceu por um curto período no Rio de Janeiro e, em seguida, partiu para a
França.
Residiu em Paris, por quatro anos, onde realizou, em 1972, a
sua primeira exposição individual, no Theatre de La Cité Internationale e, no
mesmo ano, na Sorbonne. Expôs, em 1973, em Saint Germain des Près; em 1974, na
Clinique des Champs Elisées e, em 1975, no Café Literaire le Procope. Ainda na
capital francesa participou de várias coletivas: em 1972, na Maison de la
Culture de Yerres; em 1973, na Galeria Debret; em 1974, na Galeria du Marais e
no Salão Mairie Dalfortville, e, em 1975, na Galeria Iemanjá. Em 1975, ilustrou
o filme “Traumatismo Craniano”, para o Centro Nacional de Pesquisas Científicas
da França.
Retornou ao Brasil em 1976 e fixou residência em Aracaju,
onde montou o seu atelier de pintura. Posteriormente, morou, por quase dois
anos, em Winnipeg, Manitoba, no Canadá, onde realizou, em 1978, uma exposição
no Centre Culturel Franco Manitobain. Em 1990, expôs no Dodge House Gallery
Providence Art Club, em Rhode Island, nos Estados Unidos.
Atuante protagonista da cena cultural sergipana, Adauto
Machado, desde a sua primeira exposição individual, em 1967, na antiga Galeria
Acauã, em Aracaju, vem realizando sucessivas e prestigiadas exposições em diversas
cidades: em Aracaju, nos anos de 1969, 1981, 1982, 1985, 1996, 2003, 2004, 2007
e 2008; em Salvador, em 1970 e 1991; em Recife, em 1980; em Ribeirão Preto, em
1981; e, no Rio de Janeiro, em 1984 e 1986. Em 1980, participou do IX Festival
de Artes de São Cristóvão – FASC.
Com igual brilho, Adauto Machado, também, tem realizado
muitas exposições coletivas: em Aracaju, nos anos de 1968, 1976, 1977, 1978,
1979, 1981, 1984, 2006 e 2007; em Salvador, em 1970, 1976 e 1980; no Rio de
Janeiro, em 1971, 1977, 1984, 1985 e 1987; em Olinda, em 1976; em Recife, em
1977; em Blumenau, em 1983; e, em São Paulo, 1976 e 1977. Em 2012, participou
da coletiva “Coleção Mário Britto”, edição especial Mostra Aracaju.
Em sua carreira, tem recebido muitos prêmios. Em 1966, o 1º
prêmio na escolha da primeira marca para a Rádio Atalaia de Sergipe; em 1967 e
1968, respectivamente, o 2º prêmio e o 1º prêmio, no concurso de pintura
JOVREU; em 1980, Menção Honrosa, no 1º Salão Sergipano de Artes Plásticas,
promovido pela UFS; em 1983, o Prêmio Especial, no Salão ”NUARTE”, promovido
pela FUNDESC, em Aracaju; em 1983, o título de artista plástico do ano,
conferido pela Prefeitura Municipal de Aracaju; em 1989, a medalha do Mérito
Cultural Inácio Joaquim Barbosa, conferido pela Prefeitura Municipal de
Aracaju; em 1999, foi agraciado no 9º Concurso Internacional de Desenho
CoreIDRAW, como o melhor do mundo com o desenho “contemplação”; e, em 2002, no
10º Concurso Internacional de Desenho CoreIDRAW, o mesmo prêmio com o desenho
“Ana Lúcia”.
Em 1983, Adauto Machado tornou-se presidente da Associação
dos Artistas Plásticos de Sergipe – APLASE, e, no mesmo ano, membro da equipe
de coordenação geral do Circuito de Artes Plásticas do Norte-Nordeste/Sergipe,
promovido pelo MEC/FUNART/INAP. Em 1988, foi nomeado membro do Conselho de
Cultura do Município de Aracaju e, em 1995, do Conselho de Cultura do Estado de
Sergipe. Em 1997, participou do Colegiado que elege nomes da cultura brasileira
para o Prêmio Cultural do Jornal Estado de São Paulo.
Como escritor, em 2001, lançou, em São Paulo, o livro
“Aprendendo Arte no CorelDRAW”. Conhecedor de artes, é palestrante e professor
de curso de pintura. Em 2004 e 2006, ministrou oficinas de arte promovidas pela
Funarte e Secretaria da Cultura.
Notabilizou-se pintando cavalos correndo soltos, esvoaçantes
e livres, mas a sua vasta iconografia passa por feiras sergipanas, casarios,
pescadores, marinhas, paisagens urbanas e rurais, retratos, composições
abstratas, temas sacros e cenas do sertão nordestino. Florival Santos, J.
Inácio e Jenner Augusto são artistas de sua admiração e que o influenciaram no
aprimoramento de sua arte.
Foto e texto reproduzidos do site:
pge.se.gov.br/artista-do-mes-de-janeiro-adauto-machado
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