sábado, 26 de abril de 2014

Adauto Machado


Adauto Machado, em Artista do Mês (Fevereiro/2014)
Por Mário Britto.

Pintor, escritor, desenhista publicitário e professor de artes, Adauto Machado nasceu no dia 18 de junho de 1950, em Nossa Senhora das Dores/SE. Aos quatorze anos, mudou-se para Aracaju e começou a frequentar grupos artísticos da cidade. Entre 1965 e 1969, trabalhou com desenho publicitário. Em 1969, transferiu-se para Salvador, onde teve a oportunidade de conhecer importantes artistas nacionais e passou a dedicar-se inteiramente à pintura. Em busca do aperfeiçoamento técnico, cerca de um ano depois, permaneceu por um curto período no Rio de Janeiro e, em seguida, partiu para a França.

Residiu em Paris, por quatro anos, onde realizou, em 1972, a sua primeira exposição individual, no Theatre de La Cité Internationale e, no mesmo ano, na Sorbonne. Expôs, em 1973, em Saint Germain des Près; em 1974, na Clinique des Champs Elisées e, em 1975, no Café Literaire le Procope. Ainda na capital francesa participou de várias coletivas: em 1972, na Maison de la Culture de Yerres; em 1973, na Galeria Debret; em 1974, na Galeria du Marais e no Salão Mairie Dalfortville, e, em 1975, na Galeria Iemanjá. Em 1975, ilustrou o filme “Traumatismo Craniano”, para o Centro Nacional de Pesquisas Científicas da França.

Retornou ao Brasil em 1976 e fixou residência em Aracaju, onde montou o seu atelier de pintura. Posteriormente, morou, por quase dois anos, em Winnipeg, Manitoba, no Canadá, onde realizou, em 1978, uma exposição no Centre Culturel Franco Manitobain. Em 1990, expôs no Dodge House Gallery Providence Art Club, em Rhode Island, nos Estados Unidos.

Atuante protagonista da cena cultural sergipana, Adauto Machado, desde a sua primeira exposição individual, em 1967, na antiga Galeria Acauã, em Aracaju, vem realizando sucessivas e prestigiadas exposições em diversas cidades: em Aracaju, nos anos de 1969, 1981, 1982, 1985, 1996, 2003, 2004, 2007 e 2008; em Salvador, em 1970 e 1991; em Recife, em 1980; em Ribeirão Preto, em 1981; e, no Rio de Janeiro, em 1984 e 1986. Em 1980, participou do IX Festival de Artes de São Cristóvão – FASC.

Com igual brilho, Adauto Machado, também, tem realizado muitas exposições coletivas: em Aracaju, nos anos de 1968, 1976, 1977, 1978, 1979, 1981, 1984, 2006 e 2007; em Salvador, em 1970, 1976 e 1980; no Rio de Janeiro, em 1971, 1977, 1984, 1985 e 1987; em Olinda, em 1976; em Recife, em 1977; em Blumenau, em 1983; e, em São Paulo, 1976 e 1977. Em 2012, participou da coletiva “Coleção Mário Britto”, edição especial Mostra Aracaju.

Em sua carreira, tem recebido muitos prêmios. Em 1966, o 1º prêmio na escolha da primeira marca para a Rádio Atalaia de Sergipe; em 1967 e 1968, respectivamente, o 2º prêmio e o 1º prêmio, no concurso de pintura JOVREU; em 1980, Menção Honrosa, no 1º Salão Sergipano de Artes Plásticas, promovido pela UFS; em 1983, o Prêmio Especial, no Salão ”NUARTE”, promovido pela FUNDESC, em Aracaju; em 1983, o título de artista plástico do ano, conferido pela Prefeitura Municipal de Aracaju; em 1989, a medalha do Mérito Cultural Inácio Joaquim Barbosa, conferido pela Prefeitura Municipal de Aracaju; em 1999, foi agraciado no 9º Concurso Internacional de Desenho CoreIDRAW, como o melhor do mundo com o desenho “contemplação”; e, em 2002, no 10º Concurso Internacional de Desenho CoreIDRAW, o mesmo prêmio com o desenho “Ana Lúcia”.

Em 1983, Adauto Machado tornou-se presidente da Associação dos Artistas Plásticos de Sergipe – APLASE, e, no mesmo ano, membro da equipe de coordenação geral do Circuito de Artes Plásticas do Norte-Nordeste/Sergipe, promovido pelo MEC/FUNART/INAP. Em 1988, foi nomeado membro do Conselho de Cultura do Município de Aracaju e, em 1995, do Conselho de Cultura do Estado de Sergipe. Em 1997, participou do Colegiado que elege nomes da cultura brasileira para o Prêmio Cultural do Jornal Estado de São Paulo.

Como escritor, em 2001, lançou, em São Paulo, o livro “Aprendendo Arte no CorelDRAW”. Conhecedor de artes, é palestrante e professor de curso de pintura. Em 2004 e 2006, ministrou oficinas de arte promovidas pela Funarte e Secretaria da Cultura.

Notabilizou-se pintando cavalos correndo soltos, esvoaçantes e livres, mas a sua vasta iconografia passa por feiras sergipanas, casarios, pescadores, marinhas, paisagens urbanas e rurais, retratos, composições abstratas, temas sacros e cenas do sertão nordestino. Florival Santos, J. Inácio e Jenner Augusto são artistas de sua admiração e que o influenciaram no aprimoramento de sua arte.

Foto e texto reproduzidos do site:
pge.se.gov.br/artista-do-mes-de-janeiro-adauto-machado

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